As dores que sinto ,
dificil explicar ,
são dores da alma
que teima em falar.
Sinto amores,
sinto temores,
sinto dores.
A alma ,pequena,
incapaz de suportar
tamanhos sentimentos,
sensações ,
pensamentos...
transborda para o corpo
que ,hoje, a abriga ,
transformando as sensações,
até então amigas ,
em dores que percorrem meu corpo ,
causando desconforto,
transformando ,
mudando,
incomodando,
forçando...
Forçando?
Sim , as dores que hoje eu sinto ,
servem de abrigo amigo
para alma florescer .
Porque a dor não é cárcere.
A dor não é castigo .
A dor é a motivação para forçar minha transformação.
A cada levantar ,
que antes era autonomo ,
hoje é esforço que ensina - me valorizar.
Valorizar tudo o que antes era desapercebido.
O pássaro que canta esbaforido.
A brisa que sopra tranquila .
O tempo que antes era corrido .
Hoje , ao arrastar dos passos cansados e doídos ,
valorizo cada centímetro percorrido .
As dores, o desconforto , a mudança.
Todo esse rebuliço ,
que colocou minhas certezas em redemoinhos ,
serviu-me de lição .
Se pelo amor não modifiquei minha visão .
Pela dor resgatarei minha perfeição.
Agradeço a Deus a oportunidade
de parar com aquela insanidade
da corrida pelo superfulo, pelo material.
Hoje , sigo confiante,
aproveitantando cada instante ,
procurando semear no caminho por onde passo ,
com amor e resignação,
sementes da minha evolução .
Sigo lenta ,
mas sigo firme .
Confiante e tranquila ,
porque sei que não sigo sozinha.
Por Patricia Nunes de Paula - 25/04/2012.
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