Deserto
As portas do deserto
senti meu corpo tremer...
era medo de você.
O vento impunha o passo
e me empurrava de encontro ao espaço.
E,pela ventania, carregada,
andei...
andei...
vaguei.
Exausta e ferida,
joguei-me nas ondas do delírio
que as alvas areias invocavam,
mergulhei na secura dos grãos
e quis morrer...
Mas , de encontro ao Oásis,
tentei ainda correr,
porém ,meus pés feridos,
magoados,
moribundos,
queimavam ao toque ,
matavam a vontade ...
Parei de correr.
Parei de andar.
Não quero o Oásis.
Não quero o Deserto.
Quero ficar imóvel
e, apenas, deixar de ser.
Por Patricia Nunes de Paula
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